

Era uma vez um patinho chamado Ché Ché que adorava nadar no lago...
Era mesmo o que mais ele gostava de fazer na vida!
No lago onde ele costumava nadar havia muitas flores... flores de todas as côres, aromas e formas... flores pequeninas e flores grandes... flores com folhas e sem folhas...
O patinho Ché Ché adorava todas elas! Não conseguia escolher nenhuma em especial porque todas, mesmo todas elas sabiam a chocolate!
Isso mesmo! Eram flores com sabor a chocolate... e por isso mesmo, únicas no mundo!
Um dia, estava o patinho Ché Ché a saborear uma delas, muito docinha, muito saborosa, que se derretia na boca... quando apareceu a mamã Pata! E ela não gostou nada de saber o que o Ché Ché fazia todas as tardes!
- Ché Ché! O que estás tu a fazer? Tu não sabes que as flores não são para comer?!
- Mas mamã, elas são tão saborosas... - choramingou o patinho...
- Ché Ché, não digas disparates! As flores nunca foram boas para comer. As flores servem para cheirar, colocar em bonitas jarras, para oferecer a alguém de quem gostamos muito, para alegrar e colorir o lago... mas nunca, nunca para COMER!
- Está bem, mamã! Nunca mais vou comer flores... prometo!
A mamã ficou descansada, quando o Ché Ché prometia uma coisa, ele cumpria sempre! Era um bom patinho!...
Mas os dias foram passando e o Ché Ché achava cada vez mais difícil cumprir a promessa feita à mamã! As flores do lago cheiravam tanto a chocolate!... E era um cheirinho tão bom... Se ele ao menos pudesse comer só uma... uma bem pequenina... uma que estivesse bem escondidinha no meio das outras flores, tapada pelas folhas...
E então, um dia não resistiu mais! Ele não queria desobedecer à sua mãe, não gostava nada de fazer isso, mas não conseguia estar nem mais um dia sem comer uma florzinha que fosse!
Sem que ninguém visse, abeirou-se de umas flores violetas bem na beirinha do lago, aproximou o bico, esticou-se um pouco, e... zás! Puxou uma bem pequenina e saboreou-a mesmo ali! Ah! Como lhe sabia bem! Talvez pudesse comer só mais uma, elas eram tantas que ninguém ía dar por ela! Atrás de uma, foi outra e depois mais outra e outra... Estava satisfeito!
Mas, de repente, alguém o chamou:
- Ei! Tu aí! Patinho maroto! Como te atreves a comer as flores do lago?
- O quê?! Quem me está a chamar? - Devo ter comido flores demais, estou a ouvir vozes!
- Ei! Sou eu! A abelha mestra da minha colmeia! Tu não sabes que nós, as abelhas, precisamos das flores, do seu pólen para fabricarmos o mel?!
- O mel?! As abelhas?! Estás a falar a sério, abelhinha?
- Claro que estou! Claro que estou! A nossa sobrevivência depende disso! Nós, as abelhas, vivemos para fabricar o mel, fundamental para todas as pessoas! E sem nós fabricarmos o mel, as flores não se reproduzem! Nós, as abelhas de todo o mundo, levamos as sementes das flores de um lado para o outro e, assim, as flores nascem em todo o lado!
A não ser que hajam patos gulosos que teimem em comer TODAS AS FLORES! A não ser que os patinhos de todo o mundo desobedeçam às suas mamãs e façam tudo ao contrário do que lhes prometeram, a não ser que...
- Ei! Pára! Chega! Já entendi! Eu não como mais flores! Prometo!
- O quê? Tu o quê? Prometes? Mas tu sabes que uma promessa feita tem de ser cumprida???? Tu nem à tua mãe obedeces! - disse a abelha mestra zangada.
- Bem... Tens razão... Tenho sido um patinho muito feio e desobediente! Não vai voltar a acontecer! Olha, a partir de hoje vou transformar-me no "Patinho Ajudante das Abelhas"!
- Muito bem! Acredito em ti! Vais vêr que não te vais arrepender!
A partir desse dia, o Ché Ché nunca mais comeu nenhuma flor! Como retribuição pelo cumprimento da sua promessa, as abelhas traziam-lhe o mel mais delicioso e docinho que as suas colmeias conseguiam fabricar!
O Ché Ché nunca chegou a contar à sua mãe que tinha quebrado a promessa feita... mas, às vezes, quando o arrependimento é verdadeiro e sincero, tudo é perdoado! Afinal, ele nunca mais comeu nenhuma flor com sabor a chocolate, mesmo!
Vitória, vitória, acabou-se a nossa história!
Fixe
ResponderEliminarFixe
ResponderEliminarGostei muito... mas não sei se era capaz de resistir às flores de chocolate... nham, nham... ;)
ResponderEliminarBjs, Gi